segunda-feira, 6 de outubro de 2014

ARTES - PINTOR JACQUES LOUIS DAVID ( de 1748-1825 )

Jacques Louis David foi um pintor do século 19 que é considerado o principal defensor do estilo neoclássico, que mudou a arte rapidamente para longe do período Rococó anterior. Seus trabalhos mais famosos incluem "A Morte de Marat" e "Napoleon que cruza os Alpes."




Nascido em 1748 em Paris, França, Jacques-Louis David se tornou um pintor de grande renome como o seu estilo de pintura de história ajudou a acabar com a frivolidade do período rococó, movendo-se a arte de volta ao reino da austeridade clássica. Um dos trabalhos mais famosos de Davi, "A Morte de Marat" (1793), retrata o famoso francês figura revolucionária morto em sua banheira após um assassinato. Ele morreu em Bruxelas, na Bélgica, em 1825.
David é o pintor mais característico do neoclassicismo. O pintor oficial da revolução francesa e, depois, do regime de Napoleão Bonaparte. Filho de um rico comerciante de têxteis, que morreu num duelo (1757), foi criado e educado por dois tios maternos. Depois de ter realizado os estudos literários e um curso de desenho, tornou-se discípulo do pintor Joseph-Marie Vien, o mais célebre pintor de história e professor do seu tempo, e que pintava de acordo com o novo gosto pelas coisas greco-romanas, sem abandonar completamente o erotismo e o sentimentalismo em moda no princípio do século XVIII. Aos 18 anos entrou para a Academia Real de Pintura e Escultura, de França, e depois de baixos e altos, ganhou o Prêmio de Roma com a tela Antíoco e Estratonice (1774), uma bolsa que não só lhe possibilitou uma longa estadia em Itália, mas também lhe assegurou futuras encomendas de trabalhos. Influenciado por dois alemães, o pintor Änton Raphael Mengs e o historiador Johann Joachim Winckelmann, passou a defensor do neoclassicismo, o que lhe abriu caminho à revalorização dos temas históricos. Famoso tornou-se o pintor da revolução francesa, e mesmo depois da queda de seu amigo Robespierre e de vários meses na prisão, retornou brilhantemente à cena artística e, recuperado o prestígio, foi nomeado pintor oficial de Napoleão, para cujo louvor e glória realizou algumas de suas mais ambiciosas telas. Após a derrota de Napoleão, em Waterloo, mudou-se para Bruxelas, onde morreu. Entre suas mais importantes obras ficaram O juramento dos Horácios (1784), Marat assassinado (1793), As sabinas (1799) e o gigantesco A coroação da imperatriz Josefina (1805-1807).

VEJA ABAIXO ALGUMAS DAS OBRAS DELE:



-Antíoco e Estratonice (1774):


Foi com esta tela que Jacques-Louis David ganhou o prêmio Roma, na quinta vez que o disputou. Este prêmio era uma bolsa de estudos cedida pelo governo francês para talentos promissores, através de uma disputa. O vencedor passava alguns anos estudando em Roma. David era de uma família abastada, que o queria arquiteto. Mas o gosto pela pintura foi mais forte. 


-O Juramento dos Horácios (1784):


De volta da capital italiana, Jacques-Louis David teve uma recepção calorosa, e desde já lhe foi reconhecido o gênio. Enviou duas obras para o Salão de 1781, e teve ambas admitidas. Instalou-se no Louvre, privilégio dos grandes artistas. “O Juramento dos Horácios” foi uma encomenda feita a David pelo rei da França. 


-A Morte de Sócrates (1787):


Exibida no Salão de 1787. Foi comparada a criações de Michelangelo e Rafael, e qualificada por Diderot de “absolutamente perfeita”. 

-Retrato de Lavoisier e sua Esposa (1788):


Esta obra de Jacques-Louis David mostra o famoso químico francês e sua mulher como companheiros, parceiros de estudos, já que ela o auxiliava em seus trabalhos. O quadro foi impedido de ser exposto pela aproximação que Lavoisier tinha com o partido Jacobino. O rei tentava censurar quadros que inspirassem a inevitável revolução. 


-Os Litores Trazendo a Brutus os Corpos de Seus Filhos (1789):


A revolução francesa já estava em curso – era o ano de 1789!-, e a obra, por sua simbologia republicana, é logicamente censurada. Nela Jacques-Louis David conta a história de Brutus, um homem que descobre que os filhos conspiram contra a república, e os denuncia, recebendo seus corpos decapitados. É a exaltação do patriotismo em detrimento de todos os outros valores, como a família ou o individualismo. Por pressão do público, a obra acabou sendo exposta, causando uma grande comoção. Fizemos uma análise do quadro. 


-A Morte de Marat (1793):


Obra exposta em 1793, no mesmo ano da morte do revolucionário francês que lutou pela queda da monarquia. Foi uma encomenda do partido, disposto a transformar Marat em um mártir. Neste obra, vemos a clara filiação política de Jacques-Louis David, que apoiou a revolução, votou pela morte do rei e transformou-se em um dos representantes do novo regime. Muitos consideram A Morte de Marat a sua obra prima. Nós fizemos uma leitura desta obra. 



-Auto Retrato (1794):


A obra foi pintada na prisão, para onde Jacques-Louis David foi mandado após a queda de Robespierre e demais revolucionários. Napoleão agora governava. David pintou a si mesmo muitos anos mais jovem, com um pincel na mão, tentando mostrar-se apenas um pintor, quando todos o acusavam de ser um dos responsáveis pelo período de terror que a França enfrentara nos últimos 15 anos – acusações acertadas, diga-se. Napoleão concedeu-lhe a liberdade. 


-A Intervenção das Sabinas (1799):


Obra criada em 1799, em uma tentativa bem sucedida de atrair novamente a simpatia popular. Neste quadro, Jacques-Louis David apelava para a união nacional e pela paz, após o sangue derramado durante a revolução. 


-Napoleão no Passo de Saint-Bernard (1801):


Obra encomendada pelo próprio Napoleão. Embora Jacques-Louis David estivesse oficialmente afastado da política, aceitando alunos em seu Atelier e vivendo de forma mais modesta, sua admiração por Napoleão era notória. Pintou-o diversas vezes, e foi convidado por Napoleão para ser o pintor oficial da corte. 


-Marte Desarmado por Vênus e as Três Graças (1824):


Após a queda de Napoleão, com a dinastia Bourbon restaurada, Jacques-Louis David novamente se torna pessoa non grata na França. Obtém o perdão real, mas David prefere o auto-exílio em Bruxelas. Este quadro é sua última obra, terminada um ano antes do seu falecimento. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário