Filosofia

A APROXIMAÇÃO DO CRISTIANISMO Á FILOSOFIA

Ao final do Império Romano, o cristianismo vinha se aproximando das idéias filosóficas na Grécia. Isso se deu devido aos movimentos da patrística, que está ligada à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja, os primeiros teóricos, sendo que o principal representante da patrística foi o Agostinho de Hipona que ficou conhecido como Santo Agostinho, que foi um dos mais importantes teólogos e filósofos dos primeiros anos do cristianismo cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental.


Aurélio Agostinho nasceu em 354 em Tagaste na Numídia, província romana no norte da África, hoje localizada na Argélia. Filho de Patrício, um pagão e de Mônica, católica. Estudou em várias cidades de sua região tornando-se mestre de retórica em Cartago. E foi a leitura do diálogo de Cícero, Hortensius, hoje perdido, que primeiro despertou seu interesse pela filosofia. Ele julgava que a fé e razão eram auxiliares , as crenças do cristianismo seriam capazes de de orientar a ciência e a filosofia, mas poderia ser capaz de justificar racionalmente os dogmas do cristianismo.
Além disso, Agostinho de Hipona foi influenciado por Platão. Ele acreditava que as idéias de Platão acerca da "alma" e do "corpo" estavam de acordo com o cristianismo.
Duarante a Idade Média A filosofia da Antiguidade Clássica ganha então contornos judaico-cristãos, já esboçados a partir do século V, quando se sentiu a urgência de mergulhar mais fundo em uma cultura espiritual que estava se desenvolvendo rapidamente, para assim imprimir a estes princípios religiosos um caráter filosófico, inserindo o Cristianismo no âmbito da Filosofia. Destas tentativas de racionalização do pensamento cristão surgiram os dogmas católicos, os quais infiltraram na mentalidade clássica dos gregos conceitos como ‘providência’, ‘revelação divina’, Criação proveniente do nada’, entre outros.
Os escolásticos tentam harmonizar ideais platônicos com fatores de natureza espiritual, à luz do cristianismo vigente no Ocidente. Mesmo depois, quando Aristóteles, discípulo de Platão, é contemplado no pensamento cristão através de Tomás de Aquino, o neoplatonismo adotado pela Igreja é preservado. Assim, a escolástica será permanentemente atravessada por dois universos distintos – a fé herdada da mentalidade platônica e a razão aristotélica.


O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO

O Mito da Caverna, também conhecido como “Alegoria da Caverna” é uma passagem do livro “A República” do filósofo grego Platão. É mais uma alegoria do que propriamente um mito. É considerada uma das mais importantes alegorias da história da Filosofia. Através desta metáfora é possível conhecer uma importante teoria platônica: como, através do conhecimento, é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido somente através da razão).

O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.
Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.




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