quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

FILOSOFIA - A APROXIMAÇÃO DO CRISTIANISMO À FILOSOFIA

Ao final do Império Romano, o cristianismo vinha se aproximando das idéias filosóficas na Grécia. Isso se deu devido aos movimentos da patrística, que está ligada à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja, os primeiros teóricos, sendo que o principal representante da patrística foi o Agostinho de Hipona que ficou conhecido como Santo Agostinho, que foi um dos mais importantes teólogos e filósofos dos primeiros anos do cristianismo cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental.


Aurélio Agostinho nasceu em 354 em Tagaste na Numídia, província romana no norte da África, hoje localizada na Argélia. Filho de Patrício, um pagão e de Mônica, católica. Estudou em várias cidades de sua região tornando-se mestre de retórica em Cartago. E foi a leitura do diálogo de Cícero, Hortensius, hoje perdido, que primeiro despertou seu interesse pela filosofia. Ele julgava que a fé e razão eram auxiliares , as crenças do cristianismo seriam capazes de de orientar a ciência e a filosofia, mas poderia ser capaz de justificar racionalmente os dogmas do cristianismo.
Além disso, Agostinho de Hipona foi influenciado por Platão. Ele acreditava que as idéias de Platão acerca da "alma" e do "corpo" estavam de acordo com o cristianismo.
Duarante a Idade Média A filosofia da Antiguidade Clássica ganha então contornos judaico-cristãos, já esboçados a partir do século V, quando se sentiu a urgência de mergulhar mais fundo em uma cultura espiritual que estava se desenvolvendo rapidamente, para assim imprimir a estes princípios religiosos um caráter filosófico, inserindo o Cristianismo no âmbito da Filosofia. Destas tentativas de racionalização do pensamento cristão surgiram os dogmas católicos, os quais infiltraram na mentalidade clássica dos gregos conceitos como ‘providência’, ‘revelação divina’, Criação proveniente do nada’, entre outros.
Os escolásticos tentam harmonizar ideais platônicos com fatores de natureza espiritual, à luz do cristianismo vigente no Ocidente. Mesmo depois, quando Aristóteles, discípulo de Platão, é contemplado no pensamento cristão através de Tomás de Aquino, o neoplatonismo adotado pela Igreja é preservado. Assim, a escolástica será permanentemente atravessada por dois universos distintos – a fé herdada da mentalidade platônica e a razão aristotélica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário